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Decisão judicial ordena a saída de Sydnei Pereira da Prefeitura de Anajatuba

Justica determina o afastamento de Sydnei Pereira da Prefeitura de Anajatuba

Um juiz identificou simulação, favorecimento e irregularidades em contratos da prefeitura, apontando falta de formalidade e superfaturamento. Relatórios da Controladoria Geral da União mostraram problemas como pesquisa de preços fictícia, falta de notas fiscais, abastecimento indevido de veículos, entre outras questões.

Justica determina o afastamento de Sydnei Pereira da Prefeitura de Anajatuba

O juiz destacou o risco de destruição de documentos públicos pelo atual prefeito, enfatizando a importância de afastá-lo do cargo. Em 2018, o Ministério Público já havia solicitado o afastamento do prefeito de Anajatuba devido a suspeitas de irregularidades e obstrução de investigações.

Investigações federais sobre desvios de dinheiro público na cidade foram destacadas pela imprensa. Após as eleições de 2020, um novo prefeito foi eleito para assumir a gestão municipal, diante de denúncias contínuas de corrupção e práticas questionáveis.

A situação na Prefeitura de Anajatuba inclui o fechamento de escolas por falta de verbas, milhões gastos em licitações suspeitas e cortes de serviços como transporte escolar, resultando em problemas para a comunidade educacional e local.

Uma malharia da cidade de Anajatuba está sendo investigada por contratos suspeitos com a Prefeitura. Entre 2016 e 2017, a malharia vendeu cerca de R$ 410 mil em artigos esportivos e brinquedos para o município. Mesmo com esses valores altos, foi constatado que o principal campo esportivo da cidade estava sem traves e coberto de mato, enquanto moradores de áreas mais distantes afirmaram nunca terem visto os artigos esportivos.

A malharia em questão se pronunciou, dizendo que participou da licitação com seriedade e responsabilidade, colocando-se à disposição para esclarecer qualquer questionamento judicial. Além disso, outras transações suspeitas chamaram a atenção, como os pagamentos feitos a uma autopeças local, que recebeu R$ 8,4 milhões da Prefeitura em 2017 para peças de carro e aluguel de veículos. Porém, órgãos públicos da cidade reclamavam da falta de carros para realizarem seus trabalhos, como no caso do Conselho Tutelar.

Um dos sócios da autopeças tem relação com doadores de campanha do prefeito da cidade, mas negações surgiram das partes envolvidas. A ex-mulher de um doador aparece como sócia da empresa, e a secretária de administração negou qualquer vínculo com a administração do prefeito. O prefeito, por sua vez, defendeu que os valores relatados de transações não correspondem à realidade e alegou que o carro de luxo utilizado por ele era alugado, não pertencente ao doador mencionado.

Apesar das informações registradas no Tribunal Regional Eleitoral, o prefeito negou a relação dos doadores com sua campanha e afirmou que contratou a sobrinha de um deles por sua competência. Onde se alega transparência e responsabilidade, surgem questionamentos sobre a conduta financeira e ética envolvendo os gastos públicos da Prefeitura de Anajatuba.

Recentemente, durante uma entrevista, o prefeito de Anajatuba comentou sobre a dificuldade financeira da prefeitura em pagar determinadas quantias, destacando que seria inviável quitar metade do valor mencionado. Essa declaração foi feita em relação a pagamentos feitos ao Tribunal de Contas do Estado (TCE).

O procurador de contas do TCE, Jairo Cavalcanti, esclareceu que o processo de pagamento é validado quando há documentação comprovando a transferência bancária realizada. Segundo ele, se o TCE recebe um documento com o respaldo de uma transferência ou de um cheque em nome do credor, o órgão considera que o valor foi efetivamente pago.